18.04.22

Descarte de lixo eletrônico: Tudo o que você precisa saber

    Todos os anos, são descartados mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas. Só o Brasil descartou mais de 2 milhões de toneladas em 2019, sendo que menos de 3% foram reciclados. Não saber como fazer o descarte do lixo eletrônico é um dos principais obstáculos para a população.

A falta de informação também é brutal. O Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo e 87% da população já ouviu falar do termo. Os dados do levantamento Resíduos Eletrônicos no Brasil - 2021 seriam promissores, porém um terço dos entrevistados acredita que o conceito se refere ao meio digital. Por exemplo, spam, e-mails e arquivos. 

Por isso, reunimos em um só artigo tudo o que você precisa saber sobre o descarte de lixo eletrônico. Essas informações vão facilitar seu dia a dia e ajudar o meio ambiente. Confira:


O que é resíduo eletrônico?

Vamos do início. Eletrônico é tudo aquilo que utiliza corrente elétrica, seja ligando na tomada ou com o uso de pilhas e baterias. O lixo eletrônico, por sua vez, são todos esses dispositivos eletrônicos descartados — seja por falta de uso, compra de um modelo mais moderno, ou problema no funcionamento. 

A ABNT NBR 10.004/2004 é responsável pela classificação dos resíduos no Brasil e considera os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. De modo geral, o lixo eletrônico é considerado como:

  • Resíduos classe I: Perigosos, que são aqueles que apresentam periculosidade em razão de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas. Esse tipo de resíduo pode apresentar:

a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices;

b) riscos ao meio ambiente, quando gerenciado de forma inadequada. Apresentando assim uma das seguintes características: Inflamabilidade, Corrosividade, Reatividade, Toxicidade, Patogenicidade.


É importante ressaltar que o lixo eletrônico não é um lixo comum. Ou seja: não pode ser descartado em vias públicas, nem por empresas ou pessoas físicas. A lei nº 9.605, também conhecida como “Lei do Lixo Eletrônico”, afirma que quem desrespeitar as regras poderá receber penalidades. Entre elas, multas e punições de R$5 mil a 50 milhões, variando de acordo com o prejuízo causado.


Leia também: 4 razões para realizar o descarte de lixo eletrônico com um fornecedor certificado


Por que fazer o descarte do lixo eletrônico?

Como vimos no tópico anterior, esse não é um lixo comum. Produtos eletrônicos têm componentes críticos nas baterias e que podem prejudicar a camada de ozônio. O descarte incorreto de celulares, baterias, pilhas, geladeiras e ar-condicionado é nocivo ao meio ambiente e contribui para o aquecimento global. 

Esses não são os únicos itens que precisam de atenção. Televisões antigas e baterias de carro costumam ter chumbo. O processo de reciclagem deste material é cancerígeno graças ao vapor produzido. Diversos estudos já comprovaram os prejuízos à saúde que o chumbo pode provocar, inclusive nas crianças. 

Logo, fazer o descarte do lixo eletrônico não é apenas uma questão ambiental. Saber onde levar seus itens pode impactar diretamente na saúde da população, por isso precisamos falar sobre o assunto. O primeiro passo é conhecer os diferentes tipos de resíduos eletrônicos e os seus descartes corretos.


Como funciona a logística reversa de resíduos eletrônicos?

É impossível falar de descarte de lixo eletrônico sem abordar a logística reversa. Este é um conjunto de esforços entre quem fabrica, distribui, comercializa, usa e recicla com o objetivo de fazer o descarte adequado de produtos. 

Essas ações estão dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) — ou Lei 12.305. A sanção dessa norma foi um marco por tratar de todos os resíduos sólidos e também dos rejeitos (itens que não podem ser reaproveitados). Assim, incentiva o descarte correto de forma compartilhada.

        Com a logística reversa, é possível garantir o correto descarte de lixo eletrônico. Esses produtos são enviados para a reciclagem, gerando novos resíduos e subprodutos com valor comercial. Além de repercutir na economia, também poupa o meio ambiente. A prática evita a contaminação de solos, mananciais e o surgimento de doenças. Todos saem ganhando!

        

Lixo eletrônico pode virar receita?

Sim! Você já deve saber que a reciclagem de latas de alumínio gera renda para diversas famílias. No entanto, você talvez não saiba que fazer o descarte de lixo eletrônico também pode gerar receita. 

O impacto financeiro não vale apenas para o lixo eletrônico. De modo geral, ao reciclar menos de 4% dos resíduos, o Brasil deixa de economizar bilhões de reais. Cerca de 14% do lixo produzido é de embalagens de plástico — se a embalagem fosse reciclável, por exemplo, esses resíduos poderiam gerar mais de R$6,5 bilhões para a economia.

Logo, é necessário procurar empresas comprometidas com o meio ambiente e a saúde pública para fazer o descarte de lixo eletrônico. Somente empresas licenciadas passaram pelo aval dos órgãos responsáveis e estão capacitadas para fazer esse trabalho. 

É o caso da Ambe, que cuida desde a separação até a destinação e rastreabilidade dos produtos descartados. Clique aqui e descubra alguns dos benefícios que somente os clientes Ambe possuem com a gestão de resíduos!



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